quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Acho que mudei de opinião

Sempre falamos em casa que nós incentivaríamos nossos filhos a ler, pra pegarem o gosto pela coisa e eu sempre brincava que, quando chegasse em casa eles teriam que me dar o resumo das principais notícias da Zero Hora, mas acho que mudei de opinião. Proteger a inocência da criança é o melhor que se pode fazer, pois ela vai desenvolver melhor o seu intelecto se não tiver o contato direto com a "realidade". Já vi crianças correrem de medo dos garis, temendo que eles as machucassem. Pelo visto os pais preferiram assustar a ensinar, o que é um erro comum. Não digo pra não ter cuidado, apenas pra tentar ensinar o correto. Eu sei que não vivemos num conto de fadas, onde tudo é perfeito, mas o que você acha que vai acontecer com uma criança que tiver o medo de por os pés na rua? Hoje em dia já perdemos as poucas brincadeiras coletivas de rua que tínhamos na minha época, como jogar bolita, tacos, cela, pega-pega, esconde-esconde, siga-o-mestre, bicicleta, futebol de rua, etc., o que vai acontecer com as crianças daqui a pouco? Já temos o Orkut, MSN, Webcams, blogs (?!?!?!?) e fotologs... Vamos criar nerds? Vamos ter que ensiná-los a namorar "in-loco"? Soa radical, e não é? Você deixa os seus filhos tomarem banho de chuva? Rolar no barro ou na terra? Saltar em poças d'água? Beijar o seu cachorro? Hum?

Imagine agora essa criança, educada pelo erro dos pais, lendo notícias sobre assaltos, roubos, seqüestros, mortes, roubalheira política. "Pai, a gente pode mudar de país?" Não quero ouvir isso!

Estou orgulhoso de mim mesmo, por ter mudado de opinião. Só vou deixar ler as notícias do Grêmio e as tirinhas da Turma da Mônica!

Se você ainda não passou por uma situação parecida com essa...

Se você ainda não passou por uma situação parecida com essa, você realmente é um afortunado. Imagine a cena: você, debaixo daquele minúsculo guarda-chuva, desviando de poças d'água gigantes e evitando escorregões em meio ao barro formado pela chuvarada. Você já está se sentindo um atleta, merecendo a medalha de ouro por desviar de tantos obstáculos e, quando se aproxima da avenida, não percebe aquela carreta gigantesca se aproximando. Quando você ouve o barulho do motor da dita cuja, sente um calafrio. Havia acabado de passar por aquela lagoa na lateral da pista. Não dá tempo para mais nada. Os dez pneus dos cinco eixos do maldito caminhão despejam água sobre você, como um tsunami. No susto, você escorrega no barro e cai sentado dentro de uma poça de água barrenta, segurando firme o guarda-chuva já em frangalhos pela queda. Imaginou? Este é o ponto. Este é o momento. É aí que se separam os homens dos meninos. O que você faz?


- Chora copiosamente e pega o primeiro táxi que aceitar você todo embarrado?


- Chora copiosamente amaldiçoando a mãe do motorista e pega o primeiro táxi que aceitar você todo embarrado?


- Pega o celular encharcado e tenta ligar pra mamãe, chora copiosamente amaldiçoando a mãe do motorista e pega o primeiro táxi que aceitar você todo embarrado?


OU...


ATIVA SUA TECLA:



Levanta, ergue a cabeça, apruma o corpo e, estufando o peito diz de boca cheia, inebriado pela confiança que só Deus sabe da onde você tirou:
- Ah, fôda-se!
Calma, não são todas as pessoas que tem esse desprendimento... É difícil, mas não custa tentar de vez em quando. Sim, você deve ter lido sobre isso em vários lugares, pois pessoas vitoriosas gostam de se exibir e narrar as suas experiências onde a tecla "Foda-se" fez a diferença, mas não fique triste, um dia você consegue!
Onde se aplica esse post ao blog? Em refeições em restaurantes, em festas, na casa de parentes, no shopping, e em toda e qualquer atividade em que você leve junto um lindo bebezinho... Já estou mentalizando isso para não me preocupar depois, afinal "o que é uma flatulência para quem já está coberto de massa fecal", não?

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

CUIDADO COM VIRGINIANOS ANSIOSOS COM LISTAS NA MÃO!

Como pude me esquecer!

Estivemos na semana passada na ginecologista da Dona Genô, pra começarmos os preparativos da melhor forma. Antes de chegarmos ao consultório, recebi uma ligação dela:

- Amor, pode passar Nacional (supermercado) pra mim?
- Claro! O que tu queres?
- Dá uma olhadinha nos preços dos cadernos de capa dura?
- Caderno de capa dura? E pra quê tu queres um caderno de capa dura?
- Ué - diz ela com extrema naturalidade - Pra anotar as minhas dúvidas!

Incrédulo, eu concordei. Ela é meio maniática com listas...

Chegamos ao consultório e fomos bem recebidos pela doutora loira. Sobre a sua cabeça, pregados à parede, as fotos dos filhos. Dois meninos e uma menina, estes primeiros, gêmeos. Comunicamos a nossa decisão e começamos a conversa. A certa altura, o que salta da bolsa de Dona Genô? Uma lista!

Com a dita em mãos, Dona Genô começou a disparar sua metralhadora verbal na direção da doutora loira que, sem tempo de respirar, foi ficando atordoada. Aquela aflição toda foi me tomando também. Como sair daquela situação? COMO CONTER O ÍMPETO DAQUELA SENHORA ANSIOSA POR RESPOSTAS???

Foi quando a doutora loira interveio com veemência:

- DONA GENOVEVA! ESCUTE!
Dona Genô calou-se, imediatamente.
- Está tudo bem com a senhora. Continue com seus exercícios. Vamos fazer alguns exames, mas vamos ter que repeti-los depois. Vou lhe dar também uma receita com uma substância que contem o "ácido-que-tem-no-brócolis-que-eu-não-me-lembro-agora" pra senhora tomar a partir de maio. Por enquanto é só isso que você precisa fazer!

Saí de lá na certeza de que virginianos adoram listas. E aviso a você: saia de perto se você encontrar um virginiano ansioso com uma lista na mão. Pode ser perigoso!

"Eu presto atenção no professor se você parar de ler os meus scraps!"

A frase aí em cima faz parte de uma campanha publicitária de uma loja aqui no sul, mas não assusta? Nós, pais moderninhos, estamos em constante contato com as modinhas adolescentes, pois relutamos em deixá-las, por medo de admitir que crescemos ou por puro prazer mesmo. Eu sou assim! Não sou muito fã do orkut, mas quem não ficaria com vontade de olhar as comunidades do filho, ou os amigos ou ainda os scraps que eles trocam? Faz parte do processo educacional, saber o que os "amigos" andam comentando, mas imagine a cena:

- Filha, seu professor mandou recado novamente, dizendo que você anda muito dispersa na aula!
- Eu presto atenção se você parar de ler os meus scraps!

Paciência tem limites, não? Conter o ímpeto de dar uma palmada nessas horas vira arte... Mas até onde estaríamos errados?

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Sobrevivi à adolescência!

Você não se sente feliz por ter sobrevivido à adolescência? Não? Eu sim!

Mas eu fico feliz não por uma questão de segurança, de medo, mas sim por ter saído praticamente ileso a todas as manifestações e revoltas pueris e ao sem número de pessoas mal-intencionadas que passaram pela minha vida.

Enumere algumas passagens marcantes e outras nem tanto, que poderiam ser classificadas na categoria "bah, eu podia ter me ferrado nessa...". Eu tenho algumas que realmente me assustam e que meus pais nunca souberam, e fico imaginando como será na minha vez, quando for aquele que não sabe de nada. É certo que não podemos ficar cercando e protegendo o tempo todo, mas que dá medo, isso dá! Ainda mais fazendo aquela velha projeção: no tempo dos meus avós, no tempo dos meus pais, no meu tempo... Os perigos aumentam. A facilidade é maior e as conseqüências também. Isso realmente me tira o sono!

Creio que, com muito diálogo e companheirismo esses riscos sejam reduzidos... E espero que meus filhos escrevam um texto parecido com esse no futuro...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

O DEPENDE e o ACASO

Meninos são mais arteiros que meninas? Meninas são mais carinhosas que meninos? Os três primeiros meses após o nascimento são os piores? Praia ou campo? Frio ou calor? Qual a resposta mais correta pra todas essas perguntas? DEPENDE! Eu odeio o DEPENDE!

Aí tá um cara que eu odeio: o DEPENDE. Outro carinha sem vergonha, mas que é o tal do ACASO. Se os dois vierem jantar na tua casa juntos, pode ter certeza que o problema é grande.

Há algum tempo, estava voltando sozinho pra casa, vindo do meu pai, quando um maluco bêbado atravessou uma Belina 73 num cruzamento e BAM! Perda total no Azulão. Obra de quem? Do ACASO! Mas não lembro de ter o deixado entrar no carro... Ou então ele tava na Belina, mas eu não vi... Acontece que dias antes, nós três, eu, a Dona Genô e o DEPENDE estávamos sentados no sofá discutindo a renovação ou não do seguro, pois o caixa estava já sem moedas. A nossa sorte é que o BOM SENSO apareceu e convidou o DEPENDE pra dar uma volta na praça. Hoje estamos com um Corsa graças a ele.

Desde quando resolvemos ter filhos, uma coisa era certa. "Precisamos nos organizar financeiramente!". Lógico! Isso é prudente, uma pena algumas famílias não poderem fazer isso... Estão deixando o ACASO até abrir a geladeira e pôr os pés no sofá!!! Depois de muita negociação, chegamos à julho. Então a Dona Genô, baseada em seus gurus internéticos, bola uma das suas maquiavélicas tramas pergunta:

- Mas tu não querias ter uma menina primeiro? Vamos esperar até setembro então!
- DEPENDE! - Chamei o sujeito, que neste caso não faria nenhuma diferença, pois estava domado, enjaulado e domesticado a esta altura, e agiria dentro de duas possibilidades bem definidas.
- Ah, vamos deixar pra setembro, amor! Até lá vamos estar um pouco melhor de grana... - Propôs Dona Genô, com seu olhar à gato-de-botas-do-filme-do-shrek.
- Não - Respondi firmemente - Vamos começar em julho mesmo! - Determinei, torcendo ardentemente que o ACASO apareça logo aqui em casa.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Este senhor, o meu pai...

Meu pai sempre foi um cara trabalhador. Na minha família nunca chegamos ao extremo da pobreza, mas passamos por muitas dificuldades. Ele fazia horas extras quase todo dia, era metalúrgico, pra tirar um troco a mais, e sempre que podia, trazia um agradinho pra mim. Um punhado de balas ou uma barrinha de chocolate, mas não daquelas tipo Charge ou Prestígio, e sim aqueles tabletes grandes, como aqueles de cobertura de chocolate que se compra no mercado, em pacotes de quilo. Ele vinha enrolado em papel pardo, de açougue. Essa é uma das principais lembranças que tenho dessa época. Antes disso, e estamos falando de seis ou sete anos pra trás, não tenho mais nenhuma lembrança relevante. Não sei exatamente o motivo, mas deve existir.

Este senhor, o meu pai, sempre se lamenta muito comigo, dizendo que não participou da minha infância como gostaria, pois chegava sempre cansado em casa e não tinha saco pra aturar um pentelho que queria brincar até tarde. Mas não o culpo por nada. Era preciso, mas filhos crescem uma vez só. Eu sou filho único, pra quem não sabe. Minha mãe trabalhava muito também, e pra ajudar (ou não), eu tinha minha vó, mãe deste senhor, o meu pai, por perto, pra ajudar a me estragar. Ah, vó é sempre ótimo ter por perto, mas que estraga, estraga! Minha mãe ficava louca com minhas travessuras, e eu, sempre que conseguia, corria pra baixo das asas da minha vó, que me salvava das palmadas vigorosas da gringa.

As coisas sempre mudavam de figura quando o Seu Gilberto chegava em casa. As palavras eram sempre secas e duras. Palavras de ordem, que não tinham o mínimo espaço pra retrucos. Era um misto de respeito e medo, mas assim fui crescendo e entendendo aquele modo truculento de educar. "Hay que endurecer pero sin perder la ternura jamás!". Meu pai sempre foi um cara simples, não tinha muito estudo, mas era sempre correto, justo e de coração bom. Não era um santo, assim como todos nós não somos, mas ele estava correto na maioria das vezes, como todo bom pai. Ele é meu ídolo, meu herói e assim vai ser pra sempre. Hoje fazemos muita coisa juntos, sempre que podemos.

Você sabe a diferença entre instrução e educação?

E é por isso que eu não nutro e não faço grandes projeções para o futuro dos meus filhos. Só quero ser um pai a exemplo do meu. Quero criar meus filhos para o bem.

Definições

Pois bem, tivemos um fim de semana de definições e avançamos muito nas tratativas. Chegamos ao consenso dos nomes. Arthur e Sofia Helena. Sem encontrar apoio às minhas idéias, seja na internet ou na família, acabei cedendo aos desejos da Genoveva, mas vamos ver o que a própria (Sofia) vai dizer daqui a alguns anos... A princípio, se tudo der certo e funcionar como planejado pela Dona Genô, vamos encomendar o bebezinho em meados de julho. Acreditam que ela queria fazer com que eu esperasse até setembro?

Hoje tive mais uma notícia boa. A minha empresa está readequando os planos de saúde e a partir de agora passamos a contar com o hospital Mãe de Deus. É uma grande notícia!

Absorto em meus pensamentos, hoje me lembrei da invejinha boa que senti do marido da Letícia-Mothern-de-Minas, quando vi as fotos dele tocando violão pra coisinha-linda que eles tem em casa... Vou ter que convencer a Dona Genô a me dar um novo, ou vou ter que desviar a verba do leitinho!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

"Lá em casa não vou deixar meus filhos escutarem isso!"

Uma das coisas que eu sempre fui muito chato é com música. Sou o tipo do chato que te chama pra frente do aparelho de som ou te coloca os fones de ouvido pra escutar o solo dos isqueiros na música "Vestido Estampado" da Ana Carolina, exclamando em seguida um "Bah, não é demais?", daqueles que acha um sacrilégio ouvir qualquer música num sistema mono (mono, sacou? Um alto-falante só, tá ligado?)

Pois bem, quanto a gosto musical, eu gosto de música boa. Definição de música boa? Tem que agradar os ouvidos e massagear o cérebro. Tudo bem, todo mundo tem fases. Quando adolescente, saltei do pagode para o havy-metal numa semana, na outra ficava viajando no escuro do meu quarto curtindo o acústico do Nirvana, mas isso passa. A gente amadurece. Custei a perceber isso, mas na vida tudo é uma seqüência de aprendizados. Essa época vai render mais um post no futuro...

Todo esse papo furado foi pra chegar neste ponto. Estávamos falando de música certa vez, na casa dos meus sogros, onde estavam meus cunhados (por enquanto tudo bem com eles...) e os donos da casa. Minha sogra sempre me mostra os sertanejos dela e a coleção do Raul que ela tem e sempre que posso deixo claro que gosto quase todo tipo de música, EXCETO aqueles pagodes melosos e os funk’s. EU NÃO GOSTO! NÃO ADIANTA! E larguei a seguinte frase:

"Lá em casa não vou deixar meus filhos escutarem isso!"

Aí começou a polêmica. Uns dizem que eu não posso proibir, outros dizem que ele vai escutar em outro lugar, que vai procurar outras pessoas que gostem e-tal-e-coisa. Essas pessoas que falam isso são as mesmas que se socam no sofá pra ver Gugu, Faustão, que não perdem um capítulo das três novelas da Globo, que ficam conversando na hora do Jornal Nacional, que não lêem um livro ou jornal onde a única leitura são revistas de fofoca. Pode parecer preconceito da minha parte, mas uma coisa não vem sem a outra. Dificilmente vocês me verão em casa domingo à tarde. Provavelmente estarei na praça jogando bola e tomando chimarrão com a Genoveva e nossos amigos, onde não é preciso gastar muito pra ter um momento de diversão.

Sempre me disseram que a gente educa principalmente pelo exemplo. Cresci ouvindo música com meu pai. Aos dez anos já conhecia algumas músicas do B. B. King, Barry White, Gil, Caetano, entre outros. Eu ficava grudado nos discos de vinil dele. Não vou começar tão longe com o Arthur e a Sofia, mas que eles já vão ouvir o Black Álbum Metallica na barriguinha da mamãe, ah isso vão!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Às Motherns de plantão:

Preciso de ajuda!

Vocês não podem concordar somente com a Genoveva! Eu vou ser pai, preciso de apoio! Ajudem-me ou ela vai estar sempre com a razão!!! Ela já é uma chata manhosa, imaginem agora???

Brincadeiras à parte, muito obrigado por acessarem o blog!

Um beijão no coração de todas!

O dia em que nada dá certo...

Sabe um dia em que nada dá certo? Pois bem, o meu foi ontem...

Viagem surpresa, fornecedor incompetente, vôo perdido, desencontros, celular sem bateria, orelhões estragados, O TELEFONE DE CASA sem bateria, corre-corre com o carro (dentro dos limites de velocidade, pois não quero mais nenhuma multa... Quem eu quero enganar? hehehehe...), viagem tarde da noite, vôo atrasado na partida, uma hora voando em círculos, esperando baixar o nevoeiro no aeroporto pra entregar uma caixa pr’um nordestino-cheio-de-sotaque, de chinelo de dedos, bermuda e camisa de futebol desbotada (gente, nada contra os nordestinos... podia ser um gaúcho-cheio-de-sotaque, calma!). Cheguei ao hotel lá pela 01:20hs, louco por uma cama... Acabei ficando num quarto térreo, daqueles adaptados para deficientes físicos, mas não tem problema, cama é cama. Umas quatro horas depois toca o celular. Hora da volta. Cansado, mal-humorado e com sono. Quem agüenta?

Imagine depois de tudo isso, chegar em casa e ver um bebezinho lindo rindo pra você?

É um sonho...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Humor masculino

O humor masculino é sempre muito mais simples e direto que o feminino. O certo é que falamos mais bobagens mesmo, sem imaginar o que A ou B iriam pensar a nosso respeito.

Tenho um amigo, um alemão polaco de sobrenome incomum, que bate no peito e repete sempre que pode:

- Só vou ter filhos homens! E eles vão jogar bola! - Diz ele em tom imperativo e ameaçador, sob o olhar reprovador da sua namorida.
- Ah é? Eu não me importo se ele não quiser jogar bola... - Respondo tranqüilamente, esperando a resposta.
- Vai ser veado então? - Retruca o alemão polaco de sobrenome incomum, com aquele sorriso amontoado no canto da boca.
- Não, ele vai ficar sentado na arquibancada, trovando as meninas!

Tudo é uma questão de ponto de vista...

Começamos muito bem...

A muuuuito tempo já havíamos decidido sobre o nome dos filhos... Como a maioria dos casais, queremos muito um casal, portanto, já tínhamos os um nome para cada sexo. Ótimo! Só que a polêmica se reinstalou no nosso lar. Os nomes escolhidos foram Artur e Sofia Helena, porém a grafia que você acabou de ler é de autoria da Genoveva. Eu, muito conservador que sou, prefiro assim: Arthur e Sophia Elena. Alguém me diga: ONDE ESTÁ O PROBLEMA?!?!?!?!?

Vou ser pai. E agora?

Às vésperas de completarmos quatro anos de casados, eu e minha esposa Genoveva resolvemos engravidar, mas e agora? Como funciona? Pais e mães de primeira viagem não recebem manuais de instruções, é tudo puro instinto! Enquanto ela está preocupada com enxoval, quartinho do bebê e todas as mil quatrocentas e noventa e três coisas que ele vai precisar, eu já fiquei em polvorosa, imaginando que vamos ter que terminar a casa, trocar de carro, trocar de casa, meu Deus!



Meu nome é Astolpho Roberto, e a partir de hoje, vou tentar narrar um pouco dessa minha experiência. Espero que saiamos todos com poucas seqüelas...