quarta-feira, 30 de julho de 2008

Sinal verde!

Tireóide regularizada! Agora é só fazer o último pit stop na gineco e correr pro abraço (literalmente). Infelizmente a Dona Genô vai iniciar a corrida com problemas na suspensão (o joelho, não tem jeito, vai sofrer um pouco), mas a equipe dos boxes tá preparada e bem treinada pra que tudo dê certo. Ela vai ter que acelerar um pouco mais, mais algumas voltas na pista, a fim de eliminar mais combustível, visando não prejudicar o seu desempenho durante o trajeto, já que contará com aproximadamente dez quilos extras. Já planejamos os treinamentos, onde provavelmente participarei. Estamos prontos!

 

Adoro metáforas!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

FIREBIRD

Roberta. Sim, você conhece pelo menos uma Roberta. Morena de olhos verdes, 18 anos, cabelos ondulados. Linda. 1,79m, corpo rijo escultural coberto por uma pele macia e cheirosa. Extremamente manipuladora e envolvente. Roberta é daquelas mulheres que faz sacerdotes católicos abandonarem a batina renegando o Senhor e virando fãs de Iron Maiden, passando os últimos dias de sua vida ouvindo “The number of the Beast” o dia todo nos headfones no último volume. Ela é da pior espécie de “Roberta”: extremamente inteligente. A mulher fatal.

Era uma segunda-feira à noite. Seu primeiro dia de aula na faculdade de direito. Filha de dedicados e abastados advogados, sua última preocupação era com dinheiro, mas mesmo assim não ostentava. Usava roupas simples, tinha carro popular. Não ia a festas, não consumia drogas legais ou ilegais. Sempre estudou muito, tinha notas maravilhosas. Ajudava em casa, com os afazeres domésticos e adorava passar longos períodos com a família, seja assistindo filmes ou arrumando a casa. A filha que todo pai pediu a Deus. Sua única diversão era manipular os homens. Podemos dizer que ela se empenhava muito nisso.

Entrou na sala onde um senhor com poucos cabelos organizava uma pilha de papéis sobre uma mesa grande, em frente ao quadro negro. Era o professor da primeira cadeira. Tirando a falta, seus cabelos eram bem cuidados. A camisa estava bem passada para uma pessoa que daria aulas ou trabalhasse o dia todo. Pelo colarinho perfeitamente branco, viu que era uma camisa nova. Usava terno verde-musgo, tipo camurça. A gravata era discreta. Tinha uma vistosa aliança na mão esquerda. Aproximou-se. Perfume amadeirado.

- Boa noite, professor! – Estendeu-lhe a mão – Sou Roberta! Muito prazer!

Disse essas palavras inclinando levemente a cabeça para a esquerda. Seus olhos cintilaram ao encontrar os do professor. Gaguejando ele respondeu:

- Bo-Bo-Boa noite! Sou o professor Antunes! Seja bem vinda à minha classe. Queira sentar-se, por favor. Já vamos começar.

Ela virou-se após mostrar-lhe os dentes brancos em um iluminado sorriso. Virou-se tão rapidamente, que fez a sua leve saia rodopiar e revelar suas coxas torneadas. Antunes passou o dedo entre o colarinho da sua camisa e o pescoço. Sentiu calor.

Roberta dirigia-se a uma carteira vazia, próxima à mesa do professor. Sentia os olhares da classe a tocar seu corpo. Gostava disso. Sentou-se e puxou da pasta o caderno, o estojo com suas canetas coloridas e alguns livros. Já tinha seu primeiro alvo. O professor Antunes.

Seis meses se passaram. Antunes resistia às tentativas de Roberta, mas não era uma tarefa fácil. Ela mostrava-se cada vez mais maliciosa. Abusava dos decotes, das roupas provocantes. Lançava-lhe olhares penetrantes, fazia caras e bocas que estavam tornando a vida do calvo professor um inferno. Seu casamento não ia bem há muito tempo. Já não conversavam mais e sexo, nem pensar. Cogitava encontrar outra pessoa, mas não podia fazer isso com uma aluna. Era demais! Seguia resistindo. Seguia acreditando no seu casamento.

Roberta tinha encontrado um ótimo desafio. Antunes resistia a mais de nove meses. Era um recorde pessoal. Nunca um homem havia resistido tanto tempo. Precisava tomar atitudes drásticas. Esperou o final da aula e decidiu acompanhar o professor até o seu carro. Já era tarde e o estacionamento estava vazio e muito escuro. Entre uma parede e o Pontiac Firebird 1968, Roberta roubou-lhe um beijo. Antunes já não suportava mais tanta pressão, e acabou cedendo. Fizeram sexo ali mesmo, sobre o capo negro do reluzente Firebird. Era algo agressivo, animalesco. Terminaram arfantes. Ela escorada no veículo, ele no muro. Algo havia mudado entre os dois. Ele horrorizado, ergueu as calças e entrou correndo no veículo. Ela, com um sorriso triunfante no rosto, afastou-se enquanto ele arrancava cantando pneus. Conseguira.

Noite seguinte. Antunes estava de costas para a porta. Falava ao telefone quando Roberta chegou. Aproximou-se sorrateira para ouvir a conversa.

- Sim querida. Às quinze horas, no quarto cinco do Panteon. Use aquela vermelhinha que eu te dei, certo? Um beijo, safadinha!

Afastou-se. Ele não estava ainda a seus pés. Tinha outra! E ela precisava descobrir. Bolou mais um de seus planos maquiavélicos.

No dia seguinte, acordou cedo. Foi às compras. Adquiriu uma extraordinária lingerie vermelha. Ressaltava admiravelmente seus dotes físicos. Algo irresistível. Foi ao motel, seduziu o recepcionista e entrou no quarto número cinco. Tomou um belo banho, ligou a hidro, pôs um CD com músicas sensuais, perfumou o ambiente e aguardou. Às quinze horas e dez minutos ouviu o motor do velho Firebird parar na garagem. Ouvia beijos, murmúrios e gemidos. Estavam subindo as escadas. Era hora da festa.

Abriram a porta com um forte empurrão. Já estavam se despindo. Roberta estava no banheiro, usando apenas um sobretudo de couro sobre a roupa íntima cor de sangue. Aquela era a hora. Foi entrando no quarto, abrindo o sobretudo. Os dois já estavam na cama. Ela sobre ele, vestindo lingerie vermelha.

- Oi! Vim participar da festinha! – Disse Roberta, sorridente.

Sem entender o que ocorria, foram parando até que avistaram a moça semi-nua.

- Roberta?!?!?!?!? – Disse Antunes.

- Roberta?!?!?!?!? – Disse Cláudia.

- Mamãe?!?!?!?!? – Disse Roberta.

Nesse instante, dois homens invadem o quarto. Um deles com uma câmera fotográfica profissional, aquelas com lentes objetivas.

- Eu sabia Cláudia, sua cachorra! Roberta?!?!?!?!? O que você está fazendo aqui minha filha?!?!?!?!?

Fim de ano, férias enfim! Roberta venceu o primeiro ano da faculdade de direito. Foi a primeira da classe. Gabaritou quase todas as provas. É um gênio. A mãe, como não poderia deixar de ser, perdeu tudo no divórcio e vive hoje com o professor Antunes, que também perdeu tudo que tinha. A pedido de Roberta, o pai não processou os dois por ter tentado seduzi-la, o que poderia implicar na prisão dos dois. Ela vai aproveitar o verão com os amigos na casa da praia, com o pai, que desfila pelo litoral com um belíssimo Pontiac Firebird 1968.

domingo, 6 de julho de 2008

Pimentinha

Ontem levamos a nossa cachorra primogênita, a Menina, ao consultório da veterinária. Ela está com alguns problemas no pêlo. Dissimulada e aproveitadora, ela se joga no colo da doutora Simone. A doutora, por sua vez, faz festinha, abraça, coça a barriga e ela se entrega... Conversa vai, conversa vem e Dona Genô solta essa:

- Olha, nós temos que tirar cria da Pandora no próximo cio! Temos que achar um namorado pra ela, URGENTE!

Ãhm? Não entendi?

Ela vai "engravidar" do primeiro cachorrão que chegar chamando ela de "Cachorra"? Ele tem residência fixa? Tem uma remuneração? Como são os pais dele? Como não vou saber se ele não fica por aí cheirando o traseiro de outras cadelas? E ela! Não trabalha, não tem remuneração, vive com os pais, não tem como se sustentar! Divide a casa com a "irmã", brigam bastante... Como vai cuidar dos filhotes, sozinha, sem dinheiro, sem plano de saúde?

ONDE ESTÁ O PLANEJAMENTO???

Não sei qual expressão usar no final... seria:

“PIMENTA NOS OLHOS DOS OUTROS É REFRESCO!”

???

quinta-feira, 3 de julho de 2008

À Vinegrete

Poisé... Férias né gente... Dêem um desconto, ok?

Mas estamos voltando... Até pegar o ritmo novamente, precisamos de um pouco de paciência...

O fato é que eu e Dona Genô estamos aguardando. Fizemos uns exames e descobrimos que ela está com uma pequena disfunção na tireóide. Alguns comprimidinhos durante trinta dias e uma amostra de sangue depois saberemos se tudo está ok novamente, mas por enquanto, planos adiados. A vontade de que tudo dê certo é muito maior do que a de fazer um bebê agora. Enquanto isso, pratiquemos os ensaios!

Por falar em ensaios, enquanto aguardávamos a consulta, tomei em minhas mãos a singela edição da revista Crescer (acho que é esta). Não me recordo agora qual é a edição, só sei que tinha uma matéria muito legal sobre como tentar escolher o sexo do filho. Uma das dicas para facilitar a vida dos bichinhos fator "X" era dar um banho na dita-cuja com uma solução de vinagre... :O Hehehehehehehe! Imagina se a moda pega?

Brincadeiras à parte, sempre quis ter uma menina antes, por saber que elas, as meninas, amadurecem mais cedo, são mais carinhosas, etc. É um desejo meu. Acho que até facilitaria um pouco no momento de ter um segundo filho. Aceitação, cuidado, atenção.

Eu sei, eu sei! Tá bom! Calma!

Eu sei que depende! É um sentimento meu. Dona Genô não é lá muito de agarra-agarra com a mamãe, já meu cunhado...

Sei lá, mas se algum de vocês me disser que esses "truques" funcionam, lá em casa vai rolar até Vinagrete!