quinta-feira, 29 de maio de 2008

Como diz o D2: "Planta o amor pra colher o bem!"

Há dias e há dias, não tem jeito.

Tem dias em que uma bela florzinha, banhada pelo orvalho, reluzente à luz do sol pode ser uma ameaça mortal ao seu humor. Você então arranca a maldita, esmaga, pica em milhões de pedaços, táca fogo e fica em volta arfando, bufando de raiva. Não tem jeito, acontece. E não me olhe torto, com aquele sorrisinho no rosto, de como quem diz "Prá quê tudo isso, éin?". Capaz de sobrar pra você!

Tem outros que tudo pode acontecer, e nada estraga o seu humor, como topada na cama, chinelo perdido, piso frio, falta de luz, banho gelado, falta de pasta de dente, leite azedo, louça suja, carro enguiçado, ônibus lotado, carteira roubada, chefe irritado, trabalho atrasado, almoço frio, picada de abelha, queda da escada, horas extras não remuneradas, ônibus lotado E atrasado, geladeira vazia, falta d'água, cama quebrada, vizinho barulhento, insônia, mulher com TPM, que você continua cantarolando, o tempo todo:

I'm singing in the rain
Just singin' in the rain
What a glorious feeling
I'm happy again
I'm laughing at clouds
So dark up above
The sun's in my heart
And I'm ready for love
Let the stormy clouds chase
Everyone from the place
Come on with the rain
I have a smile on my face
I walk down the lane
With a happy refrain
Just Singin', singin' in the rain
Dancing in the rain
I'm happy again
I'm singin' and dancin' in the rain
I'm dancin' and singin' in the rain

Com certeza, todos buscam viver mais dias cantando na chuva do que destroçando florzinhas, porém essa é uma realidade que nos acompanha demais, principalmente nesses tempos em que a nossa sociedade anda cada vez mais sinistra, perversa e obscura, e isso realmente me assusta. No dia em que cantamos na chuva, criamos obras de arte. Atraímos o bem, iluminamos o dia de alguém. No dia em que buscamos descarregar nossas frustrações, não são exatamente florzinhas que destroçamos. Esses dias são perigosos, pois podemos estragar o dia daqueles à nossa volta, brigamos, batemos ou chegamos ao cúmulo de jogar crianças indefesas pela janela. A realidade é nua e crua. Trate de engolir o choro e digeri-lo, pois isso tudo só depende de nós. Da nossa vontade, do caminho que vamos tomar, do quão são somos ou estamos. Preste atenção. Olhe em volta. Há sempre um motivo pra cantar, pois mais escuro que esteja.

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