quarta-feira, 30 de abril de 2008

Let it roll...

Durante a época de colégio, desenvolvi um profundo gosto por música. Entrei para as aulas de música e lá aprendi alguma coisa, mas nunca me especializei em nada. Comecei com o baixo e aos poucos fui passando pro violão mesmo. Perdi a vaga do baixo pra um amigo que, pelas últimas notícias, estava em Portugal, fazendo certo sucesso com uma banda de forró. Na bateria tocava o negão Tiago, negão mesmo, forte, grande. Levava muito jeito pra música, era multi instrumentista, tocou por algum tempo com algumas bandas gaúchas e gauchescas, não confundam, mas acabou por trabalhar com engenharia de telecomunicações. O pai dele já tinha a empresa, e pra ele ficou mais fácil. Tínhamos até um saxofonista! Ele virou professor de música. Um cara que toca sax tem que ser professor, convenhamos. Era hilário! Ele tocando e fazendo "zoínho" pras gurias... Um sarro!

Bom, eu era o que cantava "menos pior", então fiquei com guitarra base e vocal e o pior, nas duas bandas do colégio, uma de punk rock e outra de pop. Eu ia de Bascket Case do Greenday à Angra dos Reis da Legião. Até que eu fazia certo sucesso com as meninas, com um corpinho mais enxuto, um pouco mais marrento. Era só dizer as palavras certas na hora "H" que ficava tudo bem. Acabava cercado por algumas no fim das apresentações, às vezes. O auge da minha carreira como músico foi num recreio estendido, no fim do terceiro ano. E foi só.

Fim do colégio, fim da banda, fim do sonho de ser músico. Começam as responsabilidades. O vestibular, o emprego pra pagar a faculdade, uma carreira profissional. Meu primeiro sonho era ser músico, mas reconheço que não tinha talento pra tanto, e já havia me conscientizado que a era só uma febre, tinha passado. Minha segunda opção era a Química. Sonhava em ser Químico Industrial. Era a matéria que me saía melhor, a que mais gostava, por que não? Só que eu remava contra a maré. A minha família era formada por contadores e advogados. NENHUM familiar meu, que fez faculdade, fugiu disso. Muito chato! E o pior, a grande maioria funcionários públicos. Não tenho nada contra funcionários públicos, mas acho que essa vida não é pra mim. Vocês conhecem a história dos pescadores japoneses, né? Não? Pra quem não conhece, a história tá aí em baixo. Quem já conhece, pode pular!

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Os japoneses e o problema do peixe fresco

Os japoneses sempre adoraram peixe fresco. Porém, as águas perto do Japão não produzem muitos peixes há décadas. Assim, para alimentar a sua população os japoneses aumentaram o tamanho dos navios pesqueiros e começaram a pescar mais longe do que nunca. Quanto mais longe os pescadores iam, mais tempo levava para o peixe chegar. Se a viagem de volta levasse mais do que alguns dias, o peixe já não era mais fresco. Logo, os japoneses não gostaram do gosto destes peixes.

Para resolver este problema as empresas de pesca instalaram congeladores em seus barcos. Eles pescavam e congelavam os peixes em alto-mar. Os congeladores permitiram que os pesqueiros fossem mais longe e ficassem em alto mar por muito mais tempo. Os japoneses conseguiram notar a diferença entre peixe fresco e peixe congelado e, é claro, eles não gostaram do peixe congelado.

Dessa forma o peixe congelado tornou os preços mais baixos. Então, as empresas de pesca instalaram tanques de peixe nos navios pesqueiros. Eles podiam pescar e enfiar esses peixes nos tanques “como sardinhas”. Depois de certo tempo, pela falta de espaço, eles paravam de se debater, ou seja, não se moviam mais. Eles chegavam vivos, porém cansados e abatidos.

Infelizmente, os japoneses ainda podiam notar a diferença do gosto. Por não se mexerem por dias, os peixes perdiam o gosto de frescor. Os consumidores japoneses preferiam o gosto de peixe fresco e não o gosto de peixe apático.

Como os japoneses resolveram este problema? Como eles conseguiram trazer ao Japão peixes com gosto de puro frescor? Se você estivesse dando consultoria para a empresa de pesca, o que você recomendaria?

Para conservar o gosto de peixe fresco, as empresas de pesca japonesas ainda colocam os peixes dentro de tanques, nos seus barcos, mas, elas também adicionam um pequeno tubarão em cada tanque. O tubarão come alguns peixes, mas a maioria dos peixes chega “muito viva” e fresca no desembarque.

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Na minha cabeça era o fim! E olha que o meu teste vocacional apontava algo com comunicação e ensino! Acabei virando contador, depois de quase largar a faculdade no sexto semestre pra fazer pedagogia (não pelas gurias, mas pelas crianças, tá?). Sou formado em contabilidade, a pedido dos meus pais, mas sempre sonhei em fazer algo diferente. Um dia ainda vou abrir uma Pet Shop! Hehehehe!

Lembrando da minha história, e pensando bem no futuro, acredito que não vou ser um pai como o meu, apesar de saber que ele só queria o meu bem. Por mais difícil que possa ser o futuro profissional dos meus filhos, não vou criá-los à nossa imagem. Adoraria ver algo diferente, deixar a cabecinha deles rodar e imaginar o futuro, como faço agora. Minha preocupação é criá-los para o bem e deixá-los pensar em algo novo e diferente.

Tá bom que o quarto deles vai ter tema musical, que eles vão ganhar instrumentos musicais e fazer aulas de música na escolinha, não custa tentar, né? Vai que eu não descubro um gêniozinho dentro de casa? Posso virar um futuro empresário do ramo musical...


2 comentários:

Anônimo disse...

Olha só, eu sempre sonhei em fazer pedagogia, mas meu pai quis contabilidade. E lá fui eu, perder 10 anos da minha vida fazendo contabilidade. Me arrependo?? Simmmm, muito. Agora marido me empurrou pra pedagogia! Me arrependo?? Nãoooo, estou amando. Encontrei meu chão, tô feliz demais da conta.
Eu quero que o Theo seja surfista. Vou obrigá-lo? Não. Ele curte música. Ano que vem irá pra um curso de música. Vou ter um baterista em casa, ou um baixista, ou um tecladista, ou um guitarrista, ou um engenheiro mesmo e estarei feliz da vida!!

K disse...

Contente-se ! Não fiz nada da vida, não escolhi ser nada como disse o Jujuba uma vez.Levava a vida como a cigarra da fábula.
Você pode achar que ainda tenho tempo mas tenho não.Lindo seu blog: as cores, as fotografias, os textos.Beijo pra você, sua senhora e quem mais chegar.
K