sexta-feira, 7 de março de 2008

Animais estranhos, trajes hiperespaciais e carros velozes

Levantamos cedo no meio daquela floresta. Era impossível descansar o suficiente, pois enorme era quantidade de animais ferozes que circundavam a nossa árvore. Saltamos então, caindo diretamente sobre os dois crocodilos, um sob cada pé, que nos serviam de montaria, que nos conduziam em segurança até a cachoeira. Lá, suas águas mornas nos acalentavam da dor e sua força nos massageava os músculos, doloridos pela noite mal dormida. Distraídos e relaxados, subitamente fomos abraçados pelo Monstro Felpudo, que firmemente, acabou por arrastar até a entrada de uma caverna. Já secos, fomos atacados novamente. Seres implacáveis! Da caverna escura, surgiam eles. Um Morcego-Cueca, um Macaco-Camiseta e uma estranha Cobra-Calça, com duas caudas! Sim, duas caudas! Era incrível! Agarravam-se a nós e não queriam mais soltar! Caso você não saiba, os filhotes da Cobra-Calça se chamam Cobras-Meias. É verdade! Mas não importa! Depois que calçarmos os magníficos Tênis-controladores-de-animais-estranhos, não teremos mais problema, pois estes estranhos bichos passam a agir como nós quisermos. Corremos com eles sobre a pista de acesso interestelar até a sala de conferências, onde a capitã nos dava instruções de como abastecer os nossos trajes espaciais.
- Você deve beber todo este suco de laranja e comer esta torrada super-reforçada, para que todo o sistema operacional do seu traje hiperespacial funcione corretamente! Faça isso rápido! Sua nave ultrasônica o espera em frente à base! Coragem soldado! - Bradava a capitã.
Inflamados pelo discurso, sorvemos o último gole do líquido amarelo brilhante, o combustível do traje, e corremos pra fora. Lá aguardava, de motores ligados, a nossa nave. Brilhava em vermelho vivo. Entramos e logo assumi o papel de piloto e tomei os controles. Virando-se sua direção, exclamei:
- Pronto Senhor? Este não é o momento de termos medo! Sente-se confiante?
- Sim! Prossiga!
Chegamos à estrada. Eu e meu navegador estávamos indo bem, vencendo e ultrapassando os adversários. Sem pedir, ele me guiava, dizendo, vire aqui, vire na próxima rua à direita, siga em frente. Em poucos minutos chegamos à entrada do Templo. Na porta, a sacerdote já o aguardava, vestindo jaleco branco.
- Bom dia Arthur! Melhorou da gripe?
- Sim tia!
- Vamos entrar? Seus coleguinhas já estão te esperando!
Saiu correndo, melhor do que nunca.
Nada melhor que um pouquinho de criatividade para recuperar a auto-estima.

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